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Compulsão alimentar: quais são os riscos para a saúde?

Compulsão alimentar: quais são os riscos para a saúde?

A compulsão alimentar é um transtorno alimentar sério que pode trazer sentimentos de tristeza, culpa e isolamento, prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar físico e mental da pessoa.

Quando não tratada adequadamente, essa condição pode favorecer o surgimento de doenças ainda mais graves, como a obesidade e o diabetes.

Você quer entender melhor o que é esse transtorno alimentar e saber quais são as suas possíveis causas? Então, siga o conteúdo que preparei para você. Boa leitura!

O que é compulsão alimentar? 

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos, ou seja, a necessidade de comer, mesmo não estando com fome ou apesar de já estar satisfeita.

Comumente, quem sofre com a compulsão não consegue controlar a necessidade de comer em grandes quantidades, principalmente em pouco tempo e mesmo que se sinta estufada, a pessoa continua comendo. Sem controle, a comida acaba sendo ingerida sem prazer ou até mesmo vontade.

Caracteriza-se compulsão alimentar quando esses episódios acontecem pelo menos duas ou mais vezes por semana.

Como saber se tenho compulsão alimentar?

Compulsão alimentar não é só comer demais. Muitas vezes, há misturas estranhas de alimentos no mesmo episódio misturado com uma sensação grande de urgência e falta de controle sobre si mesmo.

Se você manifesta a maioria dos sintomas abaixo, o ideal procurar ajuda profissional especializada para tratar adequadamente a condição. 

  • Ingestão em um período limitado de tempo (dentro de 2 horas por exemplo) de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas 

consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares;

  • Um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por exemplo, sentimento de não conseguir parar ou controlar o que o quanto se come);
  • Comer muito e mais rapidamente do que o normal;
  • Comer até se sentir exageradamente estufado;
  • Comer grandes quantidades mesmo sem fome;
  • Comer escondido por não querer que os outros vejam;
  • Sentir culpa ou repulsa de si mesmo por comer excessivamente.

É importante ressaltar que a identificação desses sintomas não substitui o diagnóstico médico.

O que pode causar o transtorno?

Dietas desequilibradas

Nas redes sociais, revistas, televisão e outros meios de comunicação, surgem o tempo todo novas dietas malucas e é comum nos deparamos com frases como: “Perca 15kg em apenas um mês”. Dietas inadequadas, muito rígidas e sem acompanhamento de um especialista podem desencadear episódios de compulsão alimentar.

Isso acontece porque cortar tudo o que você gosta de uma só vez ou ficar longos períodos sem comer e sem orientação nutricional pode deixar a pessoa irritada, sensível e deprimida. Essas sensações em conjunto com a privação podem fazer com o que desejo por comida aumente além do normal, principalmente aquelas que você ama e deixou de comer com o cardápio que estabeleceu.

E o problema não é só deixar de comer o que você ama. Existe uma  influência biológica por trás de tudo: o organismo precisa de diversos nutrientes. 

Carboidratos, açúcares, gorduras que muitas vezes são os primeiros a serem cortados em dietas feitas por conta própria e se o corpo ficar horas, dias e semanas sem esses nutrientes, o cérebro capta uma mensagem sobre essa falta e se prepara para garantir a “sobrevivência”, levando ao consumo compulsivo quando a pessoa começa a comer novamente.

Conforto emocional

Términos de relacionamento, perdas na família, ser demitida do trabalho ou passar por situações de estresse constantes onde sentimentos como aflição e angústia estão presentes podem desencadear comportamentos compulsivos. Assim, a comida é usada como um tipo de escape e suporte emocional.

Outros fatores como depressão, ansiedade e baixa autoestima também podem influenciar para o surgimento do distúrbio alimentar. Existem também, situações em que a pessoa come descontroladamente por estar celebrando algo. Há pessoas que se “presenteiam” com comida por atingir uma meta, um doce ou snack que gosta, várias vezes por dia e semanas.

Problemas com a própria imagem

É muito comum se comparar com as modelos e atrizes que vemos em posts no Instagram ou até mesmo na televisão. Esse é um fator que pode contribuir para a insatisfação com a própria imagem e tornar esse problema um risco para o surgimento da compulsão alimentar

Não é fácil tentar constantemente se encaixar nos padrões de beleza e esse é um problema que tem favorecido o surgimento até mesmo de outros transtornos alimentares como a  bulimia e anorexia.

Associar a magreza à saúde é uma ideia distorcida de corpo saudável e a privação de comida com foco no emagrecimento pode gerar episódios de compulsão.

Como tratar a compulsão alimentar?

O tratamento da compulsão alimentar é multidisciplinar, ou seja, em equipe. O mais adequado é receber acompanhamento com um médico psiquiatra e um nutricionista.

O psicólogo atua no trabalho da mente e ajuda a paciente a entender melhor sobre si mesma e todos os gatilhos que podem estar relacionados com o surgimento do transtorno. Dessa forma, é possível estabelecer estratégias que auxiliam no controle e tratamento da compulsão alimentar.

Para que isso tudo funciona, é preciso traçar também um plano alimentar. O nutricionista pode ajustar e elaborar uma dieta adequada conforme as necessidades. 

Uma alimentação rica em todos os nutrientes que o corpo necessita para funcionar bem  é fundamental para controlar o transtorno e melhorar a qualidade de vida da paciente.

Atividades físicas como caminhadas, bicicleta, corridas podem ser inseridas junto a dieta. Meditação e yoga também podem ajudar no controle das emoções, relaxamento da tensão e tratamento da compulsão alimentar.

Médico psiquiatra com residência médica pela UNIFESP/EPM, tenho pós-graduação em Nutrologia e vários anos de experiência em práticas integrativas, como yoga e meditação. 

Minha missão é oferecer um tratamento humanizado, aliando confiabilidade, estrutura acolhedora e excelência no atendimento. Muito além da consulta, procuro criar vínculos com os meus pacientes, promovendo a saúde e o desenvolvimento pessoal, ajudando-os a encontrar sentido para as suas ações e pensamentos.

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