O Transtorno de Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, acomete cerca de 2 milhões de brasileiros, de acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, apenas no ano de 2019 é que foi sancionada a Lei 13.861/2019, que obriga a inclusão de dados e informações sobre o transtorno nos censos demográficos.
O autismo é um transtorno caracterizado pela dificuldade de interação social, de comunicação verbal, e pelo padrão de alguns comportamentos repetitivos. As principais causas do autismo incluem fatores ambientais e genéticos.
Os 3 principais sintomas do autismo
1 – Dificuldade na interação social
Esse é o primeiro sintoma ao ser notado em uma criança com autismo. Problemas de socialização acontecem com frequência, como não conseguir olhar nos olhos das outras pessoas ou se isolar e passar muito tempo sozinho.
Além disso, pode acontecer dificuldade de demonstrar afeto, de forma que a criança evite beijos ou abraços ou até mesmo ria ou chore em situações inadequadas. Dificuldades na hora de interagir com outras crianças e brincar sempre com os mesmos brinquedos também são alguns comportamentos comuns.
2 – Dificuldade na comunicação
Não conseguir falar uma determinada frase, permanecer muito tempo calado, mesmo quando questionado de algo, e dificuldade em entender os gestos e expressões faciais de outras pessoas, são alguns exemplos de dificuldade na comunicação da criança com TEA.
Não responder quando é chamado ou a impressão de que está sempre “no mundo da lua” também são comportamentos frequentes.
3 – Mudanças de comportamento
Portadores de TEA costumam apresentar comportamentos diferentes do esperado, como por exemplo, se sentir muito agitado em ambientes públicos ou com som muito alto, e olhar fixamente em uma mesma direção de maneira muito concentrada. Também é comum ter algumas atitudes de risco, como atravessar a rua correndo, sem olhar dos dois lados.
Como é feito o diagnóstico?
É aí que o papel do psicólogo entra em jogo. Para se ter um diagnóstico correto sobre o transtorno, é necessário agendar uma consulta com um psicólogo, pois assim, ele poderá avaliar o comportamento da criança, seu histórico e também conversar com os pais.
Tratamento para autismo: como o psicólogo pode ajudar?
O tratamento para o autismo feito com psicólogo é fundamental para ajudar na capacidade de comunicação e interação social da criança, além de ajudar no entendimento das próprias emoções. O autismo não tem cura, no entanto, com um bom tratamento fica mais fácil ter ferramentas para conseguir lidar com a doença no dia a dia.
Como escolher o psicólogo correto?
Escolher o profissional mais adequado nem sempre é fácil. Neste caso, é fundamental conhecer as metodologias aplicadas pelo psicólogo e qual abordagem o profissional trabalha.
Principais metodologias
Após estudar a situação do paciente, o próximo passo é definir qual será a metodologia utilizada. Isso irá depender de fatores como o histórico do paciente e o grau de autismo. Como já citei acima, conhecendo a metodologia, também fica mais fácil escolher o profissional mais adequado. Por isso, também vou citar aqui quais as principais delas para te ajudar. Confira!
. Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
Este tipo de terapia é o mais indicado para ajudar na comunicação e nas atividades básicas do dia a dia, como por exemplo, leituras, conversas e interação social.
A principal característica deste tipo de terapia é utilizar de recompensas para reforçar o comportamento positivo da criança. O psicólogo ensina algumas habilidades para a criança, até que ela consiga se desenvolver sozinha de maneira independente.
Um dos principais benefícios é que este tipo de metodologia ajuda a lidar com o sentimento de desânimo e frustração.
. Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
Neste tipo de abordagem, é estabelecida uma relação entre pensamentos, comportamento e sentimentos. Durante as sessões, são feitas conversas com a criança, a fim de identificar sua trajetória e histórico familiar, como é seu convívio social, e seu desempenho na escola, por exemplo.
O psicólogo acompanha a rotina do autista e identifica quais os comportamentos que precisam ser trabalhados. Também podem ser incluídos desenhos ou objetos para ajudar na interação com a criança, durante o tratamento. O principal benefício da TCC é auxiliar no autocontrole.
Todos os tipos de técnicas são excelentes ferramentas no auxílio do tratamento do autismo. O trabalho do psicólogo é essencial para que a criança consiga encarar o transtorno com mais facilidade e saiba lidar com os sentimentos atípicos que possam surgir na sua rotina familiar e social. Por isso, quando necessário, agende uma consulta.
Médico psiquiatra com residência médica pela UNIFESP/EPM, tenho pós-graduação em Nutrologia.
Minha missão é oferecer um tratamento humanizado, aliando confiabilidade, estrutura acolhedora e excelência no atendimento. Muito além da consulta, procuro criar vínculos com os meus pacientes, promovendo a saúde e o desenvolvimento pessoal, ajudando-os a encontrar sentido para as suas ações e pensamentos.
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